Setor Supermercadista
-> Para a entidade, cada empresa deve decidir, em conjunto com seus colaboradores, a abertura ou não das lojas
-> Acordos para definição de abertura devem ter aval dos sindicatos laborais e patronais do setor
O anúncio de que alguns supermercados abrirão pela primeira vez suas lojas no feriado do Dia do Trabalho trouxe à pauta um debate sobre a possibilidade de empresas do setor operarem, em feriados como o de 1º de maio, em todo o Estado. Para o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, o diálogo entre empresários e colaboradores deve ser o melhor caminho para que as companhias varejistas decidam, democraticamente, sobre a abertura ou não das unidades em datas especiais como esta.
Conforme o dirigente da Agas, o decreto que reconheceu a atividade supermercadista como essencial à economia é mais um ingrediente que flexibiliza a possibilidade de abertura das unidades aos domingos e feriados. “Cada empresa deve fazer as contas e, dialogando com suas equipes, definir sobre a abertura das lojas. Defendemos que todos tenham oportunidades, pagando os mesmos valores de bônus aos funcionários e arcando com os demais custos, proporcionalmente ao tamanho de sua empresa”, destaca Longo. “Essas negociações devem sempre ter o aval dos sindicatos laboral e patronal da categoria”, sublinha o presidente da Associação.
Entenda o caso – Historicamente, as lojas do setor supermercadista gaúcho permanecem fechadas em apenas três feriados por ano – Dia do Trabalhador (1º de maio), Natal (25 de dezembro) e Réveillon (1º de janeiro). Com as mudanças instituídas pela Reforma Trabalhista, entretanto, as empresas do segmento podem negociar acordos coletivos com os sindicatos laborais, flexibilizando a oportunidade de abertura das lojas. Neste ano, pela primeira vez, algumas empresas supermercadistas gaúchas anunciaram a abertura de suas lojas no Dia do Trabalhador após negociações com os sindicatos de funcionários. “Se todas as partes forem ouvidas e as bonificações aos colaboradores devidamente honradas, não há por quê sermos contra”, esclarece Longo.