Empréstimo para salários não está disponível para todas as pequenas e médias empresas

Cédulas de Dinheiro
Empréstimo para salários não está disponivel para todas as pequenas e médias empresas

Empréstimo para pequenas e médias empresas não é social é comercial

Liberação do crédito está vinculado a aprovação das Instituições Financeiras proporcionando uma ‘piscina’ com os recursos

Bancos estabelecem critérios para disponibilizar crédito emergencial para pagamento de salário dos trabalhadores em pequenas e médias empresas.

Nos bancos privados o empréstimo está condicionado à critérios que avaliam histórico de pontualidade e reciprocidade. Nem todas as empresas estão aptas podendo gerar uma ‘piscina’ dos recursos e não contemplando todos os trabalhadores. Apesar da divulgação do Ministério da Fazenda, Projeto é encarado pelo Sistema Financeiro com operação de risco e não social.

Para as pequenas e médias empresas enquadradas nos critérios a linha de crédito emergencial para pagar o salário dos funcionários por até dois meses está disponível .

O financiamento é oferecido por bancos que processam as folhas de pagamento. Em troca, a empresa não poderá demitir por dois meses.

Para que serve a linha de crédito?

É um empréstimo, e é exclusivo para pagar os empregados. O programa financiará os salários dos funcionários por dois meses.

Quem pode aderir?

A linha de crédito é para empresários, sociedades empresárias e sociedades cooperativas (exceto sociedades de crédito). Ela só pode ser usada para financiar a folha salarial dos empregados.

Apenas pode aderir quem teve em 2019 receita bruta anual acima de R$ 360 mil e igual ou menor que R$ 10 milhões.

Qual a contrapartida?

A empresa que tomar o financiamento não poderá demitir por dois meses os empregados com salários financiados. A MP 944 também exige que os recursos do programa sejam usados exclusivamente para o pagamento dos empregados.

Quais as condições do empréstimo?

Para o pagamento desse empréstimo, os juros serão de 3,75% ao ano, igual à Selic (taxa básica de juros), com seis meses de carência para pagar, em até 30 meses.

Como vai funcionar?

Ao pedir o empréstimo, o dinheiro será pago diretamente ao funcionário, sem intermediação da empresa. Isso quer dizer que o trabalhador não ficará dependendo do patrão para receber.

Há um limite de salário?

O pagamento será limitado a dois salários mínimos por funcionário, o que hoje equivale a R$ 2.090. Quem ganha um salário mínimo, continuará recebendo o mesmo valor. Quem ganha dois salários mínimos, também. Quem ganha mais do que dois mínimos passará a receber apenas dois salários mínimos. Se o patrão quiser, ele pode complementar o salário.

Funcionário precisa pagar algum valor?

Não. A dívida é da empresa.

O que a empresa precisa fazer para contratar essa linha?

Entrar em contato diretamente com o banco que processa a folha de pagamento da empresa e estar com histórico positivo e ter reciprocidade com a Insttituição Financeira.

Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco anunciou a abertura da linha de crédito para terça-feira (7). Segundo o banco, as empresas que possuem o serviço de folha de pagamento no Itaú e não apresentem atrasos nos últimos seis meses poderão solicitar o financiamento pelo Itaú Empresas na internet.

Bradesco

O Bradesco abriu a linha de crédito na segunda-feira (6). Clientes do banco com crédito pré-aprovado poderão acessar o financiamento diretamente no Net Empresa ou no Net Empresa Celular. Demais clientes poderão solicitar o crédito na agência, por telefone. Após aprovação, o recurso será liberado nos canais digitais.

Quanto será investido com essa medida?

O financiamento para folhas de pagamento faz parte do Programa Emergencial de Suporte a Empregos, criado pela medida provisória (MP) 944, para diminuir os impactos econômicos causados pela pandemia de coronavírus.

No total, o volume de investimento poderá chegar a R$ 40 bilhões, sendo R$ 20 bilhões por mês. A expectativa é atender cerca de 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores. A maior parte do dinheiro (85%) será injetada pelo governo e 15% será pelos bancos privados.