Operação Anjo : prisão de Fabrício Queiroz

Operação Anjo : prisão de Fabrício Queiroz


A Operação Anjo, que prendeu o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, cumpre outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça relacionadas ao inquérito que investiga a prática de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Flávio dizia não saber paradeiro de Queiroz, preso hoje na casa de seu advogado

Delegado Osvaldo Nico Gonçalves disse na GloboNews que o caseiro do advogado Frederick Wassef falou que Queiroz estava lá havia um ano. Um ano. Na casa do advogado dos Bolsonaro.

O Delegado também disse que Queiroz está com a saúde abalada e que será levado à hospital da polícia.

Para evitar vazamento de informações, policiais não sabiam que iriam prender Fabrício Queiroz:

“Ele teme pela vida dele”, diz advogado de Queiroz que é o mesmo de Adriano Nóbrega, acusado de chefiar milícia e morto em fevereiro

Mulher de Fabrício Queiroz tem prisão decretada pela Justiça do RJ e já é considerada foragido.

Queiroz pagou mensalidades escolares das filhas de Flávio Bolsonaro, diz MP.

ABRE ASPAS

Bolsonaro em fala no mês de Janeiro de 2020 : “Eu conheço o Queiroz desde 85. Nunca tive problema com ele. Pescava comigo, andava comigo no Rio de Janeiro. Tinha que ter um segurança comigo. Andava com meu filho.
Aí, de repente, se ele fez besteira, responda pelos atos dele.”

Jornalista Marcelo Lins : Hoje é aquele dia em que o Brasil para de falar um pouco do “Gabinete do ódio”, pra voltar a falar mais do “Escritório do crime”.

Lula : Tem uma dúvida que me inquieta: por que não foi a Polícia Federal que prendeu o Queiroz? Ele já deveria ter sido preso há muito tempo. Diziam não saber onde ele tava e agora encontraram na casa do advogado do filho do Bolsonaro.

MAIS QUEIROZ

Queiroz é investigado por lavagem de dinheiro, suspeito de operar o esquema de “rachadinha” – quando funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários – no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O filho do presidente foi deputado estadual entre 2003 e janeiro de 2019.

Em meados de maio, a Polícia Federal afirmou que iria investigar a afirmação feita pelo empresário Paulo Marinho de que o senador Flávio Bolsonaro foi informado com antecedência de que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada. 

Marinho é suplente de Flávio no Senado, pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB e foi uma figura importante na campanha presidencial de Bolsonaro. A Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato, foi deflagrada em novembro de 2018. Flávio teria revelado a Marinho em 13 de dezembro de 2018 que sabia da operação. À época, Queiroz estava sumido, e Flávio disse a seu suplente que mantinha contato indireto com Queiroz por meio de um advogado.

Em 6 de dezembro de 2018, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), um órgão do Ministério da Fazenda, detectou uma série de operações bancárias suspeitas de mais de sete dezenas de assessores e ex-assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O documento foi produzido no âmbito da Furna da Onça.

Na lista constava o nome de Queiroz. O ex-assessor, que também é amigo de Jair Bolsonaro desde a década de 1980, logo passaria a ser personagem central da primeira crise do novo governo.

Segundo o relatório inicial do Coaf, Queiroz, que mora em um apartamento simples em um bairro de classe média baixa do Rio, movimentou 1,2 milhão de reais em um período de 12 meses entre 2016 e 2017, época em que estava lotado no gabinete de Flávio. O documento apontou que as movimentações eram “incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional” de Queiroz.

O mesmo relatório detalhou as operações bancárias realizadas pelo ex-assessor. Entre elas estava o depósito de um cheque de 24 mil reais na conta da esposa do então presidente eleito, Michelle Bolsonaro. No total, Queiroz sacou dinheiro em 176 oportunidades, em 14 bairros do Rio. Vários dos saques eram idênticos e fracionados, o que levantou suspeitas de tentativa de ocultação.

O relatório ainda citou a filha de Queiroz, Nathalia Melo de Queiroz, que foi beneficiada pelos recursos movimentados pelo pai. Nathalia foi funcionária do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro entre dezembro de 2016 e outubro de 2018.

Em março de 2019, Queiroz quebrou o silêncio, oferecendo à Justiça pela primeira vez explicações sobre as suspeitas de corrupção que pairavam sobre ele. O ex-assessor disse ao Ministério Público que recolhia parte dos salários de servidores do gabinete, mas negou ter se apropriado dos valores.

Segundo a explicação que Queiroz prestou por escrito ao MP-RJ, o dinheiro recolhido dos funcionários do gabinete era usado para contratar assessores informais e “expandir a atuação parlamentar” de Flávio nas bases eleitorais. O ex-assessor também afirmou que Flávio não sabia do esquema.

CORONAVÍRUS

“Peço atenção especial p/a questão dos medicamentos necessários para entubar os pacientes. Os estados e municípios já estão no limite. Logo mais teremos de fazer compras descentralizadas dessas medicações e teremos de responder por isso”, alertou o presidente do Conass, Alberto Beltrame

Com habilitação de 624 leitos, RS aumenta em 67% a capacidade de UTIs que atendem ao SUS. Antes da pandemia, Estado tinha 933 leitos públicos de unidade intensiva e agora chega a 1.557.

O Maracanã será o palco do recomeço do futebol no Brasil após a interrupção pela pandemia. No hospital de campanha colado ao estádio há 26 pacientes na UTI lutando pela vida.

Enfermeira do Hospital de Campanha do Anhembi, em São Paulo, diz que os profissionais de saúde estão sendo tratados como “criminosos” por aqueles que querem invadir hospitais, incentivados pelo próprio presidente

FAKE NEWS

Ministro Marco Aurelio vota contra a continuidade do inquérito das Fake News. Diz que há vício de origem. Está 8 a 1 pela continuidade.

FALECIMENTO

Empresário Nevaldo Rocha, dono da Riachuelo, morre aos 91 anos

ECONOMIA

O Índice de Atividade Econômica, IBC-Br, divulgado pelo Banco Central registrou retração de 9,73% em abril, na comparação com o mês anterior. A taxa é considerada uma prévia do Produto Interno Bruto brasileiro. De acordo com informações do BC, essa foi a maior queda do indicador em 17 anos, desde o início da série histórica, em janeiro de 2003.