Efeitos do Coronavírus no Brasil : 716 mil empresas fecharam as portas, conforme Pesquisa Pulso

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Efeitos do Coronavírus no Brasil : 716 mil empresas fecharam as portas, conforme Pesquisa Pulso

Pesquisa Pulso, publicada na quinta-feira (16.07.20) mostra que 716 mil empresas fecharam as portas em consequência do Coronavírus no Brasil. O estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) busca analisar os efeitos da Covid-19 nas empresas brasileiras. O número expresso através da pesquisa corresponde a mais da metade de 1,3 milhão de empresas que estavam com atividades suspensas ou encerradas definitivamente na primeira quinzena de junho.

Queda dos pequenos

O levantamento mostra que a Covid-19 teve impacto negativo em todos os setores econômicos. Os mais afetados nos primeiros três meses foram o comércio (39,4%) e serviços (37%). 99,8% dos negócios que não voltarão a abrir as portas depois da crise do Coronavírus são de pequeno porte. De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a média de empresas que fecham a cada da ano é de 10%, o que corresponde a cerca de 600.000 negócios —número menor do que as mais de 716.000 empresas que fecharam até a metade de junho/20.

Diminuição de vendas e serviços

As 2,7 milhões de empresas que continuaram abertas também sentem as consequências da crise econômica agravada pela pandemia: 70% delas relataram diminuição de vendas ou serviços desde que a março/20 e 948.800 operações tiveram que demitir trabalhadores no período. 13,6% dos negócios encontraram através da pandemia oportunidades e efeito positivo

Desemprego e salário

O desemprego também segue em alta durante a pandemia no Brasil. Dados divulgados pela PNAD Covid-19 (versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde) mostram que a taxa de desocupação chegou a 13,1% na última semana de junho, atingindo 12,4 milhões de pessoas. Essa é a maior taxa de desemprego registrada desde maio, informa o IBGE, e resulta da queda de 84 milhões para 82,5 milhões (-1,5 milhão) de pessoas ocupadas no intervalo de uma semana. No início de maio, eram 16,6 milhões as pessoas ocupadas que estavam temporariamente afastadas do trabalho. No final de junho, o número chegou a 10,3 milhões.

Sem apoio

Apenas 12,7% das empresas afirmam tiveram que acesso ao crédito emergencial do Governo destinado ao pagamento de salários.

Informalidade

A taxa de trabalhadores na informalidade (empregados do setor privado sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira e os trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS) passou de 34,5% em junho, representando 28,5 milhões de pessoas.