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Números do Coronavirus no Brasil + Editorial da Revista The Lancet sobre o Brasil + Jair Bolsonaro, Ministros e Empresários pressionam e enquadram STF
Brasil 9.146 mortes por covid-19 e e 135.106 casos. São 610 mortes por Coronavirus em 24h.
Em editorial, a revista de medicina The Lancet, uma das mais importantes do mundo, destaca a gravidade da pandemia de coronavírus no Brasil e aponta que “talvez a maior ameaça à resposta à covid-19 no país seja seu presidente Jair Bolsonaro”.
Presidente Jair Bolsonaro caminhou na manhã de quinta-feira (07.05) a pé em direção ao STF acompanhado de Ministros e empresários com intuito de intimidar juízes para que restrinjam os decretos de governadores e prefeitos contra a flexibilização das atividades econômicas.
Para a grande parte dos senadores que se manifestaram, a visita, que não estava agendada, foi uma tentativa de pressionar o STF.
Na reunião, o presidente afirmou que alguns estados estão indo “muito longe” nas medidas restritivas. Ele voltou a afirmar que as restrições para evitar o contágio do novo coronavírus podem ser mais prejudiciais ao país que a própria pandemia. O presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, cobrou o diálogo do governo com estados e municípios, que têm a competência para decidir sobre o funcionamento das atividades.
“O presidente não pode constranger os demais poderes quando o governo está omisso na sua responsabilidade de enfrentamento dessa crise”, disse a líder do Cidadania, senadora Eliziane Gama (MA), por meio de sua assessoria. Para ela, o presidente da Corte está correto ao cobrar do governo um plano de ação para superar a crise.
O líder da Rede, senador Randolfe Rodrigues (AP), disse que o presidente precisa ler a Constituição. “Bolsonaro desrespeita a Constituição e a autonomia dos Poderes fazendo cena e ‘marchando’ para pedir afrouxamento de medidas de isolamento. Ele é o responsável pelo momento mais grave da pandemia com mais de 8 mil mortos. Ele precisa ler a Constituição, aliás ler e entender”, criticou o senador pelo Twitter.
Também pela rede social, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) classificou a visita como um triste espetáculo. “Mais de 8 mil mortos, no país, e o presidente, populista, sem real compromisso com a nossa sociedade, vai ao STF constranger ministros? Quer o fim do isolamento social a qualquer custo. Ouviu o que merecia: tem de propor soluções viáveis, claro”, escreveu.
Vice-líder do governo, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) disse que a visita foi para tratar de um “realinhamento” do isolamento social. Apesar de reconhecer que a principal forma de evitar o contágio é diminuir a circulação entre as pessoas, o senador afirmou entender também a preocupação do presidente.
— Lógico que aquilo que é possível funcionar vai funcionar, mas o pânico, o temor e, principalmente, as mortes que estão acontecendo, levam a essas regras que são determinadas pelos governadores e pelos prefeitos. A preocupação do presidente é pertinente, mas nós entendemos que onde é necessário tomar medidas duras devem ser tomadas para evitar que milhares de vidas sejam ceifadas — disse Chico Rodrigues à Agência Senado.
Também em entrevista à Agência, Arolde de Oliveira (PSD-RJ) disse não ver problemas na visita.
— Os Poderes da República são independentes e harmônicos segundo a Coinstituição Federal e não existe nada de mais em visitas dos respectivos chefes, sejam de cortesia ou sejam políticas, para tratar de assunto específico, preservando sempre a harmonia funcional — declarou.
NoBlat : “O que fez, hoje, Bolsonaro não foi uma presepada, nem molecagem, nem pegadinha. Ele tentou desmoralizar o Supremo Tribunal Federal, desafiar os seus ministros e mostrar força aos seus devotos, extremistas da direita. Quem sabe na próxima manifestação eles não invadem o tribunal”
Jornalista Vera Magalhães : “Essa aspa da “morte de CNPJs” enquanto mortos se contam aos milhares, dita perante as principais autoridades do País e com seu assentimento, ficará na História de como o Brasil fracassou no combate à pandemia e na compreensão do que o mundo está atravessando”
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Encontro em 22 de abril foi citado por Sergio Moro como evidência da pressão do presidente para mudar comando da PF. Supremo ordenou a entrega da íntegra da reunião, sem cortes. Prazo esgota na sexta-feira.