João Doria, Wilson Witzel e Arthur Virgílio Neto comentam fala de Jair Bolsonaro

João Doria, Wilson Witzel e Arthur Virgílio Neto comentam fala de Jair Bolsonaro na reunião ministerial

João Doria



O Brasil está atônito com o nível da reunião ministerial. Palavrões, ofensas e ataques a governadores, prefeitos, parlamentares e ministros do Supremo, demonstram descaso com a democracia, desprezo pela nação e agressões à institucionalidade da Presidência da República.

Lamentável exemplo em meio a maior crise de saúde da história do país e diante de milhares de vítimas.

É inaceitável a ameaça desrespeitosa e autoritária da nota divulgada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. A sociedade brasileira repudia qualquer tentativa de ataque à democracia.



Wilson Witzel


Tanto na reunião ministerial quanto em sua live em frente ao Alvorada, Bolsonaro segue de forma destoante. O que o povo, governadores e prefeitos mais querem é aquele presidente ouvidor da nossa reunião de quinta-feira. Aquele presidente supostamente equilibrado.

A falta de respeito de Bolsonaro pelos poderes atinge a honra de todos. Sinto na pele seu desapreço pela independência dos poderes. E espero que num futuro breve o povo brasileiro entenda que, do que ele me chama, é essencialmente como ele próprio se vê.


Arthur Virgílio Neto

Quem quer fechar o Supremo, quer fechar o Congresso também? Hoje o Congresso não me atrai, não me seduz, mas nem por isso quero vê-lo fechado.

Quero estar cara a cara com o presidente Bolsonaro para tratar do Conselho da Amazônia.

Eu não sou uma pessoa de esquerda e não sou um fascista como o presidente Bolsonaro.

O presidente não tem a menor compostura, aquela reunião era pra ser tratada num bordel, não numa reunião ministerial.

Não me surpreendi com os insultos do presidente Jair Bolsonaro por ele ser uma pessoa de baixo nível e que não tem a mais mínima condição de governar o Brasil. Não entendo como os ministros podem se desmoralizar a conviver com uma pessoa de baixa extração.

O presidente da República, em seu criminoso boicote ao isolamento social, em seu desprezo aos indígenas, em seu apreço a garimpeiros que poluem rios, sonegam impostos e invadem áreas indígenas, é claramente cúmplice de tantas mortes causadas pela Covid-19.

Trata-se de um ser despreparado, inculto e deseducado. Ele não gostar de mim só mostra que estou no lado certo da vida. Também não gosto da ditadura, que nos massacrou e que ele gostaria de reviver. Daqui mais dois anos, o país estará livre de tão diminuta e mesquinha figura.