Lançamento do livro “Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais”, de Ana Regina Nogueira

Ana Regina - Foto Elemar Jorge Taffe
Ana Regina – Foto Elemar Jorge Taffe

Porto Alegre Agenda

Na sexta-feira (07.06.19), às 19h, acontece na Livraria Cultura do Bourbon Country em Porto Alegre / RS, o lançamento do livro “Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais”, da fotógrafa e escritora Ana Regina Nogueira. A obra, que é resultado de uma pesquisa de dois anos, detalha através de relatos e de registros fotográficos a importante atuação dos missionários e voluntários da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, em tragédias globais que aconteceram de 2011 a 2018 no Brasil e em mais de 16 países, como o terremoto que atingiu o Nepal, o incêndio no Chile e a imigração venezuelana para Roraima.
Criada na cidade de Carmo da Cachoeira, em Minas Gerais, a Fraternidade está presente em 18 países, com mais de 60 mil colaboradores no mundo, e possui um acordo de cooperação com o ACNUR, o Alto Comissariado para Refugiados, da ONU. A instituição trabalha no “modelo em rede”, com pequenos grupos treinados em metodologias e práticas de socorro, resgate e sobrevivência. Quando acionados, os voluntários se deslocam para os locais, visando atender os episódios que causam morte, sofrimento e riscos para os sobreviventes.
No local, se unem a outras instituições e grupos organizados, implementando meios para superar as situações encontradas, sejam elas causadas por ocorrências naturais como furacões, terremotos e enchentes, atuação humana como nos rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho, ou razões políticas, como guerras e crises que geram movimentações humanas.
De acordo com Ana Regina Nogueira, a ação missionária não tem credo nem convicções políticas, mas um ‘chamado interno’ de humanidade. “Trabalhei lado a lado com o co-fundador da Fraternidade, José Trigueirinho, e veio a ideia de criar um livro sobre as missões nos primeiros meses de 2017. Ali, começou uma série de 222 entrevistas pessoais, a maioria extensa. Acredito no olho-no-olho e apostei nesse método”, explica.
Para a construção da obra, a autora viveu por dez dias a vida dos missionários, realizando as atividades diárias do grupo. Também realizou uma séria de entrevistas com indígenas e voluntários, além de fotografar os abrigos dos refugiados da Venezuela.
O processo de edição das imagens do acervo missionário conta toda a história e demandou uma pesquisa envolvendo mais de 20 mil fotos. “Trigueirinho faleceu poucos dias após ter concluído a leitura. Ele dizia que esse livro é sobre o Amor Fraterno, do amor que marca o pioneirismo desse trabalho cada vez mais intenso e vivo, dessa fraternidade entre os homens”.
O livro está sendo traduzido para o inglês e espanhol para ser lançado em vários locais do mundo.