Espetáculo Palácio do Fim na Galeria La Photo em Porto Alegre
Espetáculo é a primeira montagem gaúcha para o premiado texto da dramaturga canadense Judith Thompson. Peça retrata três visões sobre a Guerra do Iraque, antes e depois da invasão de 2003.
Espetáculo Palácio do Fim
:: Temporada de 12 a 22 de março de 2020, com sessões de quinta a sábado, às 21h e domingo, às 20h, na Galeria La Photo (Travessa da Paz, 44 – Bairro Farroupilha ), em Porto Alegre / RS. Ingresso : R$ 50,00 (50% de desconto para idosos, estudantes e classe artística mediante comprovação). Duração: 1h30min. Classificação etária: 16 anos. Público limitado até 40 pessoas.
Espetáculo Palácio do Fim
Um dos mais brutais e longos conflitos armados do século, a ocupação norte-americana no Iraque (2003-2011) é o ponto de partida de Palácio do Fim – em referência ao prédio onde eram colhidos depoimentos de presos políticos durante a guerra. Baseado em histórias reais ocorridas antes e depois da invasão, o consagrado texto da dramaturga canadense Judith Thompson – vencedora do Prêmio Walter Carsen, em 2008 – mescla drama e documentário.
Encenada pela Cia. In.Co.Mo.De-Te, a peça ganha sua primeira versão gaúcha com direção de Carlos Ramiro Fensterseifer. No elenco, Liane Venturella e Nelson Diniz com participações especiais de Fabiane Severo e Sandra Possani.
Em cena, três visões diferentes sobre a guerra
O primeiro texto, intitulado Minhas Pirâmides, conta a história da militar americana Lynndie England (interpretada por Fabiane Severo e Sandra Possani), que ficou internacionalmente conhecida por ser fotografada sorrindo enquanto torturava prisioneiros iraquianos em Abu Ghraib.
A segunda cena apresenta David Kelly (Nelson Diniz) em Colinas de Horrowdown. O personagem é inspirado no inspetor de armas britânico que revelou em entrevista à BBC que as armas de destruição em massa procuradas por George W. Bush e Tony Blair não existiam.
No último monólogo, Instrumentos de Angústia, Nehrjas Al Saffarh (Liane Venturella) é a esposa de um grande líder político iraquiano contrário ao regime.
Palácio do Fim é uma reflexão humanista sobre as tênues fronteiras éticas, morais e políticas que uma guerra envolve. Na montagem, o espaço cênico será transformado em um lugar íntimo no qual os personagens se transformam em cúmplices de memórias e sentimentos. Não há palco, a apresentação acontece para uma plateia reduzida de até, no máximo, quarenta pessoas.
A trilha sonora original é do premiado músico Angelo Primon e a iluminação, de Nara Maia. Alexandre Navarro assina a cenografia e Gulherme Carravetta De Carli, a criação e edição dos vídeos.