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“Não sou tuas negas”; ou como o racismo contamina a língua, por Maristela dos Reis Sathler Gripp

Posted on 6 de julho de 202120 de julho de 2021 By Redação Gebbeg
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Racismo contamina a língua

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“Não sou tuas negas”; ou como o racismo contamina a língua, por Maristela dos Reis Sathler Gripp*

O Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão. São apenas 132 anos que nos separam desse regime cruel que transformou homens livres em propriedade de outros. O nosso modelo social ainda está impregnado pelo racismo e pelo preconceito gerados por esse período lamentável da nossa história como nação. De acordo com a professora Lilia Schwarcz, o racismo é uma linguagem social que está presente em várias esferas da sociedade. E isso fica mais palpável quando lemos sobre os xingamentos desferidos contra um motoboy num condomínio de luxo em São Paulo ou quando um jogador de futebol é chamado de “macaco” por torcidas enfurecidas, ou ainda quando uma juíza decide condenar um homem negro usando a sua cor de pele como motivação. São formas de expressão que revelam muito daquilo que pensamos e sentimos em relação aos negros no nosso país.

Nesse sentido, a linguagem age como mantenedora dos aspectos culturais relacionados a um regime escravocrata e com isso expõe os preconceitos embutidos como uma forma de agressão. Apesar do racismo fazer parte da nossa constituição enquanto povo, certos usos deveriam ser banidos totalmente do nosso vocabulário, justamente pela sua carga negativa e pejorativa.

O professor Luiz Melo Rosa da E.M. Herbert Moraes no Rio de Janeiro, cansado de ouvir os xingamentos entre os alunos, resolveu listar os mais usados e descobriu que entre as 600 expressões coletadas, 365 eram de cunho racista. São expressões que passam de pai para filho e acabam sendo naturalizadas no dia a dia. Expressões que nada têm de ingenuidade, pelo contrário, ajudam a reforçar estereótipos contra a população negra e justificar atos de violência verbais contra ela.

Vejamos algumas dessas expressões:  

CRIADO MUDO:

O nome do móvel que geralmente é colocado na cabeceira da cama vem de um dos papéis desempenhados pelos escravos dentro da casa dos senhores brancos, o de segurar as coisas para seus “donos”. Como o empregado não poderia fazer barulho para atrapalhar os moradores, ele era considerado mudo. Logo, essa expressão se refere a esses criados.

LÁPIS COR DE PELE:

Num país miscigenado, qual seria a cor da pele?  

MULATA:

O substantivo vem de “mula”, animal derivado do cruzamento de um burro com uma égua. Era como as filhas bastardas de homens brancos, geralmente Senhores do Engenho, com mulheres negras, geralmente escravas, eram chamadas. Sobretudo, é um termo racista.

DA COR DO PECADO:

Essa expressão geralmente é utilizada como forma de elogio. Existe até música sobre a história de amor com um homem da cor do pecado. Mas essa expressão está longe de ser um elogio. Antigamente, ser negro era considerado pecado. Os poderosos da época junto com integrantes da Igreja Católica justificavam a escravidão como um castigo divino. Então, dizer que alguém é “da cor do pecado” é associado a algo negativo.

SAMBA DO CRIOULO DOIDO:

Embora remeta a uma famosa música, é uma expressão racista por não só estereotipar os negros, como descriminá-los. Troque ela por palavras como “estardalhaço”, “alvoroço”, etc.

TER UM PÉ NA COZINHA:

Durante a escravidão, as mulheres negras que trabalham dentro da Casa Grande podiam ficar apenas na cozinha, sendo proibida a circulação delas por outros cômodos. Foi daí que surgiu essa expressão: da privação da liberdade de escravas e da segregação de mulheres negras. Não quer dizer que você é o chef do momento. Cuidado!

 “CABELO RUIM”, “CABELO DE BOMBRIL”, “CABELO DURO” E “QUANDO NÃO ESTÁ PRESO ESTÁ ARMADO”:

A questão da negação da nossa estética é sempre comum quando vão se referir ao nosso cabelo Afro. São falas racistas usadas, principalmente na fase da infância, pelos colegas, porém que se perpetuam em universidades, ambientes de trabalho e até em programas de televisão, com a presença negra aumentando na mídia. Falar mal das características dos cabelos dos negros também é racismo.

NÃO SOU TUAS NEGAS:

Essa é uma expressão extremamente racista. Na época da escravidão, eram recorrentes estupros, assédios e agressões contra as mulheres negras.  Já com as mulheres brancas o tratamento não era o mesmo. A frase se remete a essas mulheres, escravas, que no imaginário popular tudo podia se fazer.

DENEGRIR:

Sempre que alguém utiliza essa palavra é para dizer que está sendo difamado ou injustiçado por outra pessoa. Mas segundo o dicionário Aurélio, a definição de “denegrir” é “tornar negro, escurecer”. Então, utilizar a palavra denegrir de forma pejorativa é extremamente racista.

A COISA TÁ PRETA:

Quer dizer que a coisa está ruim, perigosa, complicada – porque, afinal, está preta, e nada que é preto pode ser bom. É uma expressão racista para nunca mais usar.

DOMÉSTICA: 

A palavra, usada hoje para retratar secretárias do lar, vem do termo “domesticado”, que é tudo aquilo que o homem pode domesticar, incluindo animais. Surgiu em meados do século XVI, da necessidade de patrões brancos encontrarem um termo para classificar as escravas negras que trabalham para eles e eram domesticadas através da tortura.

SERVIÇO DE PRETO:

A expressão é utilizada com a intenção de diminuir uma atividade realizada e é preconceituosa por desqualificar o trabalho e a competência de pessoas negras.

INVEJA BRANCA:

Na contramão de todas as expressões e palavras anteriores, “inveja branca” significa uma inveja que não faz mal, que é do bem. Ou seja, associando à cor branca a coisa é boa, legal e não machuca.

Maristela dos Reis Sathler Gripp* é doutora em Estudos Linguísticos, professora do curso de Letras do Centro Universitário Internacional Uninter.

Artigos, Comportamento, Gebbeg Tri Tags:Maristela dos Reis Sathler Gripp, Racismo, Racismo contamina a língua, Termos Racistas

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