
Normalmente, durante o verão a pele fica mais ressecada e desidratada, por causa da exposição solar, piscina e vento. “No caso do sol, suamos muito, então, perdemos muita água e sais minerais que são importantes para manutenção da nossa proteção natural”, afirma farmacêutica Mika Yamaguchi.
O sal presente na água do mar desequilibra o “manto hídrico lipídico” e com a potencialização da perda de água no organismo, ocorre a desidratação. “A presença do vento muitas vezes, faz com que sequer sentimos o calor e ficamos mais tempo ao sol, literalmente ‘tostando’. No caso da piscina, a presença de cloro é o grande vilão, além também de ressecar bastante a pele”, declara a farmacêutica.
O ressecamento é grande problema dessa época
Para Mika Yamaguchi, pode-se dizer que o ressecamento é, de fato, um grande problema no verão, mas a exposição inadequada ao sol também representa riscos para a pele. “É muito comum ocorrer, por exemplo, ardências e vermelhidão, os quais poderão se tornar danos no futuro ou predisposição a doenças de pele”, afirma.
Ela alerta para os excessos de banhos e uso de sabonetes não adequados, que removem “toda a proteção natural da pele”. Dessa forma, no caso, a tendência é que haja ressecamento e desidratação.
Hidratar a pele
Para proteger a pele contra a exposição solar, Mika Yamaguchi destaca que é essencial manter a hidratação. “Quando estamos bem hidratados, protegemos mais a nossa pele da exposição solar e as agressões externas. A pele é a nossa primeira barreira de proteção. Quando ela esta desgastada com falhas nesta barreira é uma porta aberta para invasão, com danos causados pelos raios, como microrganismos, bactérias e sujeiras. Tudo isso pode causar irritações, inflamações e também o envelhecimento precoce”.
A hidratação da pele após a exposição é importante para que haja a recuperação de suas defesas naturais. “Dessa forma, no dia seguinte, a pele estará com as barreiras de proteção mais fortes e será menos agredida e exposta a agressões”.
Yamaguchi menciona que os filtros químicos e suas fragrâncias podem contribuir para quadros alérgicos. “O rosto sempre é bem protegido, mas o que denuncia a idade são as nossas mãos, além do corpo, que tem uma exposição muito maior no verão, quando não tem a proteção correta”.
Benefícios e importância dos hidratantes pós-sol
Ao contrário dos hidratantes corporais convencionais, os hidratantes pós-sol possuem ativos essenciais para reestabelecer as defesas naturais da pele. Os produtos possuem ainda sistema antioxidante avançado e ativos com efeito calmante, segundo Mika Yamaguchi.
Como usar os hidratantes pós-sol e aproveitar ao máximo os benefícios
Quanto ao uso do hidratante no corpo, Mika Yamaguchi afirma que é importante passar o produto nas costas e ombros. Como essas regiões são de difícil acesso, elas são “portas de acesso” para os efeitos danosos provocados pelo sol, por exemplo. A consultora também indica:
Utilizar o hidratante pós-sol após o banho. Caso a pele ainda esteja ressecada, é recomendável passar o produto novamente. É importante que “a pele se recupere bem de um dia para outro, pois o acúmulo dos danos é invisível aos nossos olhos. E esses danos serão grandes vilões no futuro”.
Ter atenção quanto aos hidratantes que podem ser armazenados na geladeira, existem ativos que podem ser “inativados ou se cristalizarem em temperaturas muito baixas, o mesmo vale para temperaturas altas”.
Conferir se o hidratante é livre de etoxilados e parabenos, composições danosas à pele. Quanto mais perto da identidade da pele, melhor a afinidade e, dessa forma, é formado “um manto protetor mais eficaz”.
Com o uso do hidratante pós-sol, o bronzeado é mantido por mais tempo e o produto também pode ser aplicado no rosto. No caso das crianças, afirma que além da importância do uso de protetor solar, é essencial usar o hidratante. “As crianças estão expostas as mesmas agressões e são mais frágeis que os adultos, em relação a função de barreira da pele”, finaliza.
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