Pesquisa revela que 55,9% dos casais estão insatisfeitos com a vida sexual

sexo disfuncao eretil impotencia casal namorados

Rotina, cuidados com os filhos e problemas financeiros são apontados como as principais razões para o esfriamento na cama

Pesquisa realizada pelo Instituto do Casal, especializado em relacionamentos e sexualidade humana, revelou que 55,9% dos casais consideram a vida sexual ruim ou regular. Segundo o estudo, realizado entre os meses de setembro e outubro deste ano, com 510 pessoas, 72,9% dos entrevistados relatam mudanças expressivas na relação sexual depois do casamento.

A pesquisa “Como anda a sua satisfação conjugal”, coordenada pelas psicólogas Denise Miranda de Figueiredo e Marina Simas de Lima, ambas terapeutas de casal e família, procurou identificar o que os casais brasileiros pensam sobre sexo, intimidade, resolução de conflitos, medos e outros fatores que permeiam o relacionamento a dois.

Sexo ruim
“Embora algumas pessoas relataram melhorias na vida sexual pós casamento ou união estável, a maioria do entrevistados afirmou que o sexo piorou depois da união, sendo a rotina, os filhos e a queda na frequência das relações os principais fatores para a piora da qualidade da vida sexual”, afirma a psicóloga Denise Miranda de Figueiredo.

Parceiros caretas
Embora 72,3% dos entrevistados afirmaram que se sentem à vontade para falar sobre as fantasias sexuais, um número considerável de comentários mostra que ainda há muitos tabus que cercam a realização dessas fantasias.

Medo do quê?
O principal medo apontado pelos entrevistados foi o de ter doenças na família, seguido por ficar viúvo (a) e deixar se sentirem amados.

E o que pode atrapalhar os casais?
A pesquisa revelou que o trabalho é o que mais afasta o (a) parceiro (a), interferindo na qualidade das relações. Depois, problemas financeiros e criação dos filhos, assim como a falta de ajuda de um dos parceiros nas tarefas domésticas e nos cuidados com a casa são os fatores mais estressantes para os casais.

Como anda nosso diálogo?
Um dos quesitos mais importantes em um relacionamento é o diálogo. A pesquisa apresentou uma dualidade: 63,45% dos entrevistados afirmam que conversam duas ou mais horas por dia. “ Porém, na prática observamos uma realidade trazida por esses casais bem diferente. Eles ou elas nos relatam que têm tido pouco tempo para dialogarem com seus parceiros, o que afeta a intimidade e a qualidade dessas relações. Que diálogos são esses? Tema para uma próxima pesquisa”, explica Denise.

Quando perguntados sobre como solucionam os conflitos da vida a dois, os casais dizem preferir buscar um acordo que seja para bom para os dois, seguido de resolver o problema em outro momento. “O nosso questionamento é: será que resolvem ou simplesmente acumulam problemas ao longo da relação, transformando-os em ressentimentos?” dizem Marina e Denise.

O que realmente importa?
A pesquisa mostrou ainda quais são os fatores mais importantes em um relacionamento. No ranking dos cinco mais votados estão: afeto/carinho, amor, ter planos e sonhos em comum, fidelidade e sexo. No último lugar ficou a paixão. Também é interessante perceber que as pessoas ainda esperam a fidelidade e uma vida sexual satisfatória, mesmo em tempos de “amor líquido”, explica Marina.

Por onde for, quero ser seu par
Se você tem curiosidade em descobrir o que os casais brasileiros gostam de fazer juntos, lá vai. Segundo a pesquisa, viajar é o programa predileto de 7 em cada 10 casais. Depois, comer, ver filmes, fazer amor e trocar carinhos são as atividades mais realizadas pelos entrevistados quando estão juntos. “Fomos surpreendidas com a ideia de que fazer amor não aparece tão em destaque quanto viajar, comer e ver filmes. Isso significa que nessa faixa etária e para essa população que respondeu a pesquisa, a parceria, a amizade e a cumplicidade são mais importantes que o sexo em si”, concluem as psicólogas.